Se a alma sussurrasse,
seria brisa na manhã,
seria marulhar suave
no ventre do tempo,
onde o amor repousa
como criança embalada
no colo do infinito.
Se a alma sussurrasse,
diria com voz de oceano
que não há grades,
nem véus,
nem medo:
só o abraço aberto
da ternura materna,
imenso e sereno
como um mar sem fim.
No silêncio do sussurro,
tudo se revela:
o perdão que acalma,
o sonho que cresce,
o amor que se expande
na delicadeza de ser
e de acolher.
Se a alma sussurrasse,
seria porta entreaberta,
luz de aurora,
promessa de eternidade
no instante breve
de um gesto
de puro amar.
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