sábado, 27 de janeiro de 2007

Ética não tem preço

Já estava para falar aqui da questão de preço, isto mesmo, preço para tudo, esta é a verdadeira praga do capitalismo, quero comprar uma alma dizem é uma questão de preço. Não é verdade, alma não tem preço. Ética, moral e família não têm preço. Produtos e serviços têm e devem ter preço, sou a favor, mas a presidente do "Supremo Tribunal Federal", vincular dignidade de decisões, corrupção de decisões a valor de remuneração é subverter a razão precípua do direito, onde a dignidade da execução de uma função não está na sua remuneração e sim na ética de quem a exerce. Vamos dar um basta nesta farsa! Ética nunca vai ter preço.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Ler Poemas

É importante aprender
como ler um livro de poemas,
deguste um poema de cada vez,
não leia por atacado,
poesia não é romance,
cada uma é um
universo completo,
cada palavra,
cada verso,
cada estrofe...

Falando do passado

Poema pela constituinte

Este poema foi feito em 1979, a constituinte de 1988, apesar de ter feito a chamada "Constituição Cidadã", não foi bem o que eu preconizava, lógico que ficou melhor do que estava. E assim seguimos em frente, pois quem anda prá trás é caranguejo.

O nosso país cada vez mais
Se afunda no marasmo da insensatez
Das decisões imediatistas
Das soluções que urgênciam outras.

O poder este sentimento humano
Incoerente com a convivência em grupo
Desencadeia este processo.

Quem tem poder, senão aqueles
Designados pela nossa incompetência
Em realizar e produzir?

Quem tem poder, senão aqueles
Castradores do aprendizado
Para na ignorância nos manter cativos?

O poder não deveria ser outro
Senão o consenso diante da mesma
Decisão.

Não deveria ser um fato
um ato

Isolado.

Levar adiante esta situação?

Por quê?

Há algum benefício coletivo?

Não há sequer a consciência
Dos donos do poder no nosso país
Da mutabilidade patente das diretrizes.

Não há sequer consciência que
Sem subordinado não pode haver
Superior,
E estão dizimando os subordinados!

Inconseqüentemente
Incoerentemente.

Pois, dizem saber ser necessário
Todos os apoiarem
mas apoiar o quê?

Se eles mesmos não sabem,
Como seguir caminhos não traçados
Como seguir objetivos não propagados?
Como seguir, enfim, quando as palavras,
Ditas propagadoras, não vêem seguidas de ações equivalentes?

Basta!
Seja dito fim, ao totalitarismo

Consenso, bom senso sejam bem vindos,

Salvem nosso país!

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

ESTRANHA

“Amor é fogo
que arde
sem se ver...”
Luis de Camões

Estranha a força
de quem ama.
Nada é mais forte e bela
que a pessoa amada.

Estranho o coração
de quem ama.
Bate sempre no ritmo
do sorriso da pessoa amada.

Estranha a presença

de quem ama.
Por mais cercada de gente
está só, e em multidão se torna
junto da pessoa amada.

Estranha a vontade

de quem ama.
Seu único pensamento:
A vontade da pessoa amada.

sábado, 13 de janeiro de 2007

VOZ


Se a voz falasse
o que é preciso querer:
Estar calado.
Não estar vendado.
Ser perdoado.
Não ser engaiolado.

Porta!

Se a voz contasse
o que é preciso fazer:
Sorrir.
Mentir.
Agredir.
Possuir.

Ventre!

Teríamos um ser:
Nascido.
Crescido.
Vendido.

O preço?

Amor.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

POEMA (DA SILVA)

A caçamba bamba
corre o trilho
balança, balança...

A caçamba cheia de gente,
querendo:

O pão (francês)
O leite (magro)
As verduras (com as pragas)
As frutas (com carbureto)

O direito de viver:
limpo
sob um teto
tendo uma mesa
com uma toalha (não precisa ser bonita)

Vitória!

O escravo do tempo fugiu,
veio à caçamba,
falou de justiça,
lutou por união e a conseguiu.

E ele tem um nome comum, simples:

José da Silva,
João da Silva,
POLEGAR da Silva,
Luiz Inácio da Silva
(também cidadão brasileiro).

E assim como convosco, Senhor,
já querem acabar com ele.

Porque a fábrica não pode parar,
o empresário tem que viajar,
prá Frankfurt, Paris, Londres,
fumar cigarros finos e bonitos e
tomar Whisky importado.

Então eu me lembro do Sócrates,
não o filósofo, o macaco do Planeta dos Homens:
"Não precisa explicar, eu só queria entender."

Senhor, faça este ditado dar certo:

Nem tudo que balança, cai

e muito obrigado
de coração.

PS. Este poema eu fiz em 1979 quando um sindicalista fez a primeira greve durante o regime de exceção que nos massacrou durante 30 anos. No blog
http://poemasevida.zip.net tratarei mais dos detalhes daquela época.