sexta-feira, 13 de abril de 2018

ARIDEZ




Árido é o momento de tua ausência,

deserto inerte, sementes secas.



Frutos dos meus olhos ressecam

ressentem-se das lágrimas esquecidas

no âmago da incerteza da sua volta.



Tu és o inexprimível oásis que anseio,

cujo jardim incomparável permeia

a felicidade plena...



carente de teu abraço, esmoreço,

premente de teu beijo, desfaleço...



Só o que me mantém vivo são

os doces favos e a suave lembrança

dos nossos inefáveis lagos de amor.

Quando o Sol




Ao beijo da noite
a flor se entrega
tão repentinamente
que o vaga-lume
desliga o lume
para não interromper.

Ao brilho das estrelas
a lua expõe a sua cálida
história repleta de cor.
 
Às carícias do vento,
as árvores se dão
plena e vigorosamente
na cadência do amor.

Sob os raios do sol
na natureza inteira
impera uma suave
e eterna força que
acalma os corações.

(Cópia infiel de “Abandono” de Luciah e belos comentários de Baruc)

O mar, eu e você




Um dia o homem encontrou-se com o mar.
                                              
O dia amanheceu.


O mar rebelde tornou-se manso e ao homem acolheu.
                                             
Eu e você.

Veio a maré alta
O barco partiu.

                                              O tempo do sonho.


O barco a vela sem leme, sem rumo.

                                             
O tempo do triste.


O vento do sul, o vento do norte,
A brisa do leste.

                                             O tempo do alegre.

A fronteira do tempo
No mar do infinito
Levou ao homem
A notícia do tudo.


                                             O tempo do amor.