terça-feira, 30 de dezembro de 2008

FELIZ 2009

O planeta terra completa mais um ano de vida,
e no aniversário do planeta diferente do dia dos
nossos aniversários, nós é que queremos comemorar e
pedir.

Ninguém lembra de cantar parabéns para esta nave que nos
transporta dia após dia por nossa vida afora...

Ninguém se lembra de dar presentes para o recanto onde vive,
por exemplo, uma faxina na rua abandonada,
a limpeza de um lote vago, plantar uma árvore, desobstruir um
bueiro entupido e tudo isto sem deixar que o subproduto de todas
nossas ações: o lixo, fique em lugar que polua mais do que de onde
o retirarmos.

Parabéns Terra, que o homem, seu pretenso proprietário,
acorde, para cuidar mais e melhor de você em 2009.

Que o egoismo arrefeça, que o ódio esmoreça e que o amor prevaleça.

Muito JESUS na vida de todos.

FELIZ 2009!!!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Chuvas de fim-de-ano

As chuvas estão castigando muito as cidades da Região Sudeste. Em Belo Horizonte, nossa BH, a cada 24h pára de chover 3h no máximo. As pessoas da periferia que realmente sofrem.

Mas todo ano é assim, as pessoas é que se esquecem passado 10 meses e o poder público que é relapso, não trabalha preventivamente.

Hoje com a tecnologia de previsão metereologica alcançando 90% de acerto com antecedência de 10 dias as catastrofes só ocorrem por omissão dos que se arvoraram de servidores da sociedade, qual nada, eles só querem é se locupletar.

Resta-nos seguir em frente, não é mesmo?

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O RECONHECIMENTO

Reconhecer as nossas limitações
é a tarefa mais bonita da nossa vida
e é das mais árduas,
Confúncio disse:
"O homem que sabe o que sabe,
e que sabe o que não sabe,
isto é verdadeiramente saber"

Fiz um amigo via web que demonstrou
esta grandeza e o nome dele é:
Daniel Dias e escreve sobre uma das
minhas paixões a Fórmula 1

Bem vindo Daniel com os votos de
que tenhas cada vez mais sucesso
no trabalho de nos informar sobre a
paixão que é a Fórmula 1.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O MAR, EU E VOCÊ




Um dia o homem encontrou-se com o mar.
O dia amanheceu.
O mar rebelde tornou-se
manso e ao homem acolheu.
Eu e você.


Veio a maré alta
O barco partiu.


O tempo do sonho.

O barco a vela sem leme, sem rumo.

O tempo do triste.

O vento do sul,o vento do norte,
A brisa do leste.

O tempo do alegre.

A fronteira do tempo
No mar do infinito
Levou ao homem
A notícia do tudo.

O tempo do amor.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Pensamentos são coisas...

James Allen

Pensamentos são coisas...
Assim como pensas, assim andas, assim caminhas.
Tu estás hoje onde os teus pensamentos te trouxeram,
tu estarás amanhã, lá onde os teus pensamentos te levarem.

Não podes escapar dos resultados dos seus pensamentos,
mas podes suportar e aprender,
podes aceitar e te regozijar.

Realizarás a visão de teu coracão (não os sonhos tolos),
pois tu sempre gravitarás em torno daquilo que secretamente mais amas.
Em tuas mãos será colocado o exato resultado dos seus pensamentos;
vais receber aquilo que mereces, nem mais, nem menos.
Seja qual for o teu ambiente atual,
cairás, permanecerás ou te erguerás,
com o teu pensamento, com a tua visão,
com o teu ideal.

E te tornarás, então, tão pequeno quanto o desejo que te controla,

ou te tornarás, tão grande quanto a aspiração que te domina!!!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Devagar e Sempre Vida

Devagar e sempre é a maior e melhor regra da vida.

Devagar e sempre sem gritos, nem lamúrias...

Devagar e sempre com os segredos que todos temos,
nosso universo íntimo é infinitamente maior que
o cotidiano que nos oprime.

Segredos são sonhos: às vezes inconfessos e repudiados por nós mesmos e
outras vezes apenas na espera do momento de serem concretizados.

Segredos são flores silvestres, frágeis e persistentes:

Resta-nos em seguir em frente, devagar e sempre.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Rogério Alvarenga

Rogério Alvarenga é um escritor que a vida me permitiu o privilégio de conhecer e permite mais ainda o de conviver. Seus trabalhos primam pela simplicidade e objetividade e sempre com conteúdo baseado em pesquisa e análise dos fatos que permeiam o assunto, com a propriedade digna dos grandes mestres.

Na coletânea "Entrevista Virtual" (Ed. Santa Clara) ele nos apresenta os personagens célebres da nossa história, Tiradentes, Aleijadinho, JK, Santos Dumont, Fernão Dias Pais, Marília de Dirceu, em uma visão intimista, quase confidente e recheada de informações preciosas para leitores leigos e estudiosos.

Parabéns Rogério e obrigado pelo privilégio de sua convivência.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Tempestades

Um pouco de mim

Eu sempre fui fraco e forte.
Estranho, não: forte e fraco.
Forte por suportar tempestades.
Fraco por cair com as aragens.

Oh! Deus do infinito,
Pureza suprema,
Fazei de mim um elo forte
Da corrente que move o mundo.

Fazei do meu coração vossa morada.

Fazei meu coração
E minha mente
Agirem inteiramente unidos
Como perfeitos instrumentos
Do meu espírito
Para que eu possa
saber decidir.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Reprise

Deus age em nossas vidas através das pessoas... não que elas tenham que ser perfeitas, todos somos até imperfeitos demais, mas apesar das nossas fraquezas somos instrumento nas mãos D´Ele ajudando outrem, e aí somos realmente um instrumento perfeito, ali, naquele pequeno instante.

Deus age através de nossas quedas, fracassos, intempéries...

E sempre coloca alguém para nos levantar.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Vestimentas simbólicas

A vida em sociedade cria a prisão a conceitos e o mais errado dos conceitos que vigoram é que somos livres. O meu saudoso professor de geografia no 2º Grau, Paulo Miranda nos brindou com o questionamento desta liberdade com a simples pergunta: vocês são livres? à qual todos dissemos: sim! e ele retrucou, não, não são! Quando vocês se levantaram hoje para vir à aula escolheram a roupa que iriam usar, não, tinham que usar o uniforme, eu que sou professor escolhi a roupa que iria usar, não, porque eu teria escolhido uma bermuda branca de bolinhas pretas e camisa amarela, (todos rimos a gargalhadas ele era negro, alto e muito gordo), e concluiu: mesmo quando achamos que decidimos quem decide é a criação que tivemos, as influências que sofremos, o meio que vivemos e o modo de vida que almejamos. Tudo isto é apenas preâmbulo para tecer comentários sobre a vestimenta que é uma das prisões da convivência em sociedade, e ao contrário do que muitos pensam é uma prisão facilitadora das relações humanas, como você indica aos outros como quer ser visto, reconhecido? Como alguém despojado ou elegante, jovial ou sério, profissional ou amador? Muitos dirão: existem os que enganam os outros usando roupas que não condizem com sua verdadeira condição naquele momento, aos quais responderei, existem os que enganam com palavras, com atos e com omissões, e isto não faz com que mudemos o vocabulário, fiquemos parados ou sejamos participantes. Portanto entendam a vestimenta é, das prisões sociais, a mais democrática, pois permite que eu possa vestir do que eu quero ser e me ajudar a ser, permite que eu me aproxime das pessoas que admiro e respeito, e que faça a minha parte no todo, sempre respeitando os outros é claro, pois quem não respeita os outros é que está errado e não a vestimenta que ele temporariamente usa.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Terra seca

Quem somos nós,
voltam a falar de água em Marte...

Quem somos nós,
as tecnologias evoluem,
mas a miséria é perpétua...

Quem somos nós,
sabemos que é preciso preservar,
mas continuamos a destruir...

Quem somos nós?

Somos terra seca,
mas desperdiçamos água.

Somos solo impuro,
mas poluimos a atmosfera.

Afinal, até quando saberemos
sem saber, veremos sem ver,
precisaremos sem respeitar...

Até quando?

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Orkut

Hoje descobri o Orkut, e descobri porque ele me avisou de um recado de alguém muito especial.
Por isso vou passar a frequentar o meu, e aprender a usar, claro, rs, quem tiver dicas comente aqui. Vivendo e aprendendo...

sábado, 28 de junho de 2008

O INVERNO

Na aurora, o sol
Vestia-se de dourado.

No meio-dia
De vermelho.

No por do sol
De amarelo pálido
Era a presença
Do inverno a
Mostrar-se

No coração da natureza
As batidas tornam-se menos
Intensas.
As sementes descansam mansamente.

Eu, no meu inverno,
Me encontro ensimesmado
Com a progressão do meu ser.

Ao chegar na primavera quero
Estar no auge como as flores,
Mas hoje só posso acautelar-me
Como o esquilo a esconder-se e proteger-se da neve.

No céu noturno
As estrelas mais longínquas
Não encontram
Perante nossos olhos
Obstáculos para brilhar.

Eu novamente
me busco
Ensimesmado...

Coberto de neblina,
O carro prossegue célebre na estrada
Em busca do nada, para tudo encontrar.

Eu, simplesmente, me susto
Ensimesmado.

TERRA

Terra
Lugar nobre
Sonho bendito
Escrito com granito
Nas páginas do coração.

Terra
Planeta vésper
Da nossa existência.
Dono da essência.
Expectador da nossa carência
De paz.

Terra
Grito sobre-humano
Transpira liberdade.

E eu sou parte desta terra
Deste momento
Tempo do infinito
Passagem de tempo
Certo
Incerto
Só momento
Medida do triste – alegre
Do alegre – triste
É tempo
Momento
Homem
Sol
Grito
Mar
Liberdade

Terra.

sábado, 21 de junho de 2008

Gnomo

Quinze centímetros de nós é Gnomo
e passamos a vida sem saber.

Quinze centímetros apenas,
apenas quinze centímetros.

Mas capazes de remover as nossas teias,
de mudar nossos sonhos,
de modificar nossas vidas,
e passamos a vida sem saber.

Quinze centímetros de sonhos, fadas, lendas...

Por quê passarmos a vida sem saber?

Já que abolimos a verdade
desdenhamos a sinceridade,

desrespeitamos a honestidade,
abandonamos a seriedade,
agredimos a humanidade.

Por quê passarmos a vida sem compreender?

Quinze centímetros apenas,
apenas quinze centímetros

Em um cantinho de nós.

Gnomo, nômade, amante
dos sonhos, das fadas, das lendas.

Pedacinho de nós.

Não nos deixe passar a vida sem saber!

sábado, 14 de junho de 2008

Charles Chaplin

"Se tivesse acreditado
na minha brincadeira
de dizer verdades
teria ouvido verdades
que teimo em dizer
brincando,
falei muitas vezes
como um palhaço
mas jamais duvidei
da sinceridade da platéia
que sorria."

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Veja mais uma pérola maravilhosa:

VIVER

CHARLES CHAPLIN

"Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara muitas vezes"!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial
(e acabei perdendo).

Mas vivi, e ainda vivo!

Não passo pela vida…

E você também não deveria passar!

Viva!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" pra ser insignificante."

terça-feira, 3 de junho de 2008

DICAS PARA OS PAIS

Doenças venéreas - DST, gravidez precoce, higiene do corpo, tudo deve ser falado abertamente com os filhos, sejam de qual sexo for, de preferência quando vocês pais perceberem a puberdade iniciada; a maior arma contra a libertinagem é a liberdade entre pais e filhos, pois para seu filho nada vai ser mais legal do que na hora que um coleguinha falar uma grande novidade sobre sexo ele puder dizer: "deixa de bobagem, isto eu aprendi em casa."

O ser humano amadurece primeiro o corpo para depois formar a mente. Não ter maturidade mental, aí está o grande perpetuador dos problemas sexuais; portanto faça do seu filho um adulto sexual cedo, através da informação e do conhecimento, para que ele não tenha que aprender fazendo, e com pessoas erradas...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

FAÇA-ME O FAVOR

SE ALGUM DIA
AO TE ENCONTRAR,
EU NÃO SORRIR PARA VOCÊ,
NÃO FIQUE TRISTE,
NEM CHATEADO COMIGO,
TALVEZ NESTE DIA,
EU ESTEJA APENAS
PRECISANDO DE
UM SORRISO SEU!

sábado, 17 de maio de 2008

FRASE REFORÇADA

Nasce o sol.
Quão infindável mistério
Encerra este nascer.

A hora vem chegando
Outras estrelas pedem licença
E se retiram do cenário.
A lua muitas vezes permanece
Já apenas como coadjuvante

A vida é uma orquestra
Onde nada desafina nem sai
Do ritmo.

Nem o homem pretensioso
De a fazer desritmar-se,

Mais lenta, mais rápida,
Quanta ilusão...
Só lhe são dadas as pontas dos
Novelos mais simples a desenrolar,
Mesmo assim, estes lhes são tomados,
Em segundos seculares,

Caso não levem o ritmo da vida.

O homem acendeu luzes

De íons aos elétrons
E em todas fontes de força da natureza
Buscou mais luz,
Só não conseguiu terminar com a noite.

“Nós já fomos a lua”.

Mas o sol continua nascendo
No momento certo
Só nos dá o direito de dizer:
No inverno mais tarde,
No verão mais cedo.
Ou de dizer:
Amanhã ele nascerá às

Seis horas quinze minutos e quarenta e cinco segundos
Como se o tempo só se dividisse
Em fração criada por nossa inteligência.

“Nós já fomos dentro de nós mesmos”.

Esta é a frase que eu gostaria de já ter ouvido, e reforçada:

“Verdade, vi pela televisão”.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Vento e vida

Eu amo a vida
Luta inigualável
Em busca de algo
E de alguém.

Eu amo a vida
Cheia de cores
Coberta de flores
Todos os matizes
Do amor divino.

Eu amo o vento
Sinônimo de busca
E de encontro.

Eu amo a vida do vento
Monstrando-nos incessantemente
Luta e trabalho
Ao transportar as nuvens
Para o lugar certo
De solo infértil
De ar impuro.

Eu amo, enfim, o vento da vida.
Música no coração alado
De quem busca algo e alguém.

COMETAS


Quero estar
Só com a flor
Na hora do sonho
Num momento infinito de amor.

Quero alcançar a força dos cometas
Para os céus correr
Até encontrar
O instante de parar.

Quem corre chega
Antes e depois.
Antes da vida.
Depois de depois.

O importante é o instante
Entre
Antes e depois.
Portanto
Não corra tanto
Este instante é o amor.

Semana das mães

Mãe

Se o tempo
O homem
O mundo
As flores
O sol
A lua
As estrelas
Tudo se reunisse
Traduziria-se: amor.

Se o amor falasse diria: mãe.

Mãe que nos acalenta na dor
Nos apóia no sofrimento
Nos dirige à alegria.

Mãe ser de beleza
Tão grande no seu interior
Não podemos definir
Apenas sentir.

ESTRANHA


Estranha a força de quem ama.
Nada é mais forte e bela
Que a pessoa amada.

Estranho o coração de quem ama
Bate sempre ao ritmo
Do sorriso
Da pessoa amada.

Estranha a presença de quem ama.
Por mais cercada de gente
Está só
E em multidão se torna
Junto da pessoa amada.

Estranha a vontade de quem ama
Seu único pensamento:
A vontade da pessoa amada

Cinqüenta e quatro anos

Cinqüenta e quatro anos completados hoje.

Há trinta e quatro anos atrás, aos vinte, acreditava que a vida seria sem sentido aos quarenta, lêdo engano, continuo errando mais que acertando, mas com até mais gana de acertar do que antes, muito mais consciente da responsabilidade que tenho para com os outros.

Por isso peço a todos que tenham certeza: estou em busca de soluções para os problemas existenciais, com afinco, trabalhando até feriados, neste caso para compensar a falta de inteligência para ganhar dinheiro trabalhando pouco, rs.

Obrigado a todos que me apoiam nesta empreitada e peço compreensão aos que não querem meu sucesso que pelo menos não atrapalhem.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

FLÁVIO MOTA

Flávio Mota, irmão de um sócio merecedor da mais alta estima e consideração: Geraldo Mota, nos premiou com estes versos que são indescritíveis e falam por sí. Vejam:
S E N T E N Ç A
A vida
me condena:
- Serás pássaro
somente em bico de pena!

sábado, 12 de abril de 2008

Mais uma pérola maravilhosa:

Até Pensei

Chico Buarque

I
Junto à minha rua havia um bosque
Que um muro alto proibia
Lá todo balão caia, toda maçã nascia
E o dono do bosque nem via
Do lado de lá tanta aventura
E eu a espreitar na noite escura
A dedilhar essa modinha
A felicidade morava tão vizinha
Que, de tolo, até pensei que fosse minha

II

Junto a mim morava a minha amada
Com olhos claros como o dia
Lá o meu olhar vivia
De sonho e fantasia
E a dona dos olhos nem via
Do lado de lá tanta ventura
E eu a esperar pela ternura
Que a enganar nunca me vinha
Eu andava pobre, tão pobre de carinho
Que, de tolo, até pensei que fosses minha
(Int.)
Toda a dor da vida me ensinou essa modinha
Que, de tolo, até pensei que fosse minha...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Poema introdutório


Fiz este poema em Janeiro de 1983,
exclusivamente para ser a introdução
do meu primeiro livro: NÓS, cujo
poema-título está também publicado
aqui no blog.

Ando em busca de senso,
De significativo,
De realização.

Fiz este rascunho
De minh’alma
Transparente de calma
Como vulcão
Prestes a explodir

Temos sempre em mãos
Perguntas sem respostas
Questões ainda não propostas
Pelo sonho dos demais
Que conosco convivem
Dividem
Este universo
Incerto.

Nascido?
Sem se saber de onde...

Indo?
Sim, para longe.
Infinito... paralelo...
Eqüidistante do fim.

sábado, 22 de março de 2008

POR QUÊ?



Por quê me fizestes
afirmação e negação?

Por quê me fizestes
sorriso e choro?

Por quê me fizestes
alegria e tristeza?

Por quê me fizestes
paixão e ódio?

Por quê me fizestes
amor e indiferença?

Por quê me destes
todas respostas,
que não sei,
a todas perguntas
que não fiz?

Nesta incerteza,
não sei se faço
o primeiro verso
deste poema,
para o começo
ou para o fim.

O MAR, EU E VOCÊ



Um dia o homem
encontrou-se com o mar.

O dia amanheceu.

O mar rebelde
tornou-se manso
e ao homem acolheu.

Eu e você.

Veio a maré alta e o barco partiu.

O tempo do sonho

O barco a vela
sem leme, sem rumo.

O tempo do triste.

O vento do sul,
o vento do norte,
a brisa do leste.

O tempo do alegre.

A fronteira do tempo
no mar do infinito
levou ao homem
a notícia do tudo.

O tempo do amor.

A caneta



As pazes com a caneta
esta forma de expressão
que alivia a tensão
e, com ou sem rima,
garante a saída
do túnel, para o acesso,
aceso, impar, o néctar do tempo.

Acredito no som do infinito
pulsante, sei que nada
sei, nada, apenas fagulhas
vejo do cintilar das estrelas.

Li gênesis do Rogério, o Salgado,
doce “o pó surgiu a noite
e da noite fez-se dia” poesia...

No sofá o ursinho está pensativo...

Radiante com o reencontro
com a caneta eu sonho acordado.

A força desta tempestade

aquece o rio dentro de mim,
Enfim... o mar.

terça-feira, 11 de março de 2008

ATRITO



Tentei gritar e o grito
saiu rouco e desafinado.

Porque?!?!...


Escolhemos o complicado
não o simples,

Escolhemos a disparidade
e não a igual divisão.

Escolhemos o monstruoso
e não o divino.

Na foto a boneca sempre olha
na mesma direção.

Tentei chorar e saiu
um sonso riso.

Confundido entro em atrito
com o rito e com o prazer.

E o sonho, onde fica este
salvador da esperança?

No âmago do coração amargo
de enfrentar a vida, ou
nas asas abruptas da morte!?

E o tempo, este curador
das feridas e dos desenganos,
deve ser medido pelos segundos
ou pelos anos-luz?

terça-feira, 4 de março de 2008

SILÊNCIO





O silêncio- forma, conteúdo, preparação.
Necessidade de um encontro consigo mesmo.
Peso – noção do medo
Medo – obstáculo maior.
Silêncio – forma de enfrentar.
Silêncio – conteúdo da batalha.
Silêncio – preparação para luta.
Silêncio – arma do guerreiro que sabe:
toda palavra constrói ou destrói
dependendo de como é usada.

Silêncio – amor feito conscientização
da necessidade de pensar
para não perder o amor
que todos necessitam ter.

CRIANÇA




Nascemos.

Na infância
sorrimos
brincamos
quebramos a vidraça do vizinho.
tudo isto se justifica: “ele é criança.”

Inevitável: crescemos.

Transformamo-nos.
E nada mais é justificável.

Queremos chorar, desabafo.
Queremos correr
Lutar.
Sorrir.
E estamos tolhidos...

Para sobreviver devemos

conservar dentro de nós
um cantinho

para ser criança.

VITÓRIA


O fel arrebatou o mundo
fê-lo lacaio do imundo
inundou os corações
em seu âmago,
distorcendo as faces.

O fel amou o mundo
e este amor o fez doce.

O amor,
vitorioso
Imperativa força,
quedou
mais um
arrefecimento à sua luz.

Somos assim,
como fel
lacaios do egoísmo.

Só o amor
nos faz mudar:
elevar
e não subjugar,
querer
ser e não ter.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Verso


Ferino é o verso,
primeiro toca de leve,
roçando a pele,
arrepiando o corpo inteiro,
depois perfurando
as mágoas e desenganos,
deixando escapar para todo o coração,
reavivando-o,
o líquido mais precioso
que temos guardado:
a sensibilidade...


Revigorando a alma.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

PAIXÃO





Quando os olhos

se encontram frente a frente,

diante da escolha

do fervor e da paixão.



Quando as mãos se tocam

em um balé indescritível

e as bocas úmidas se acariciam

na impossibilidade de dizer não.



Entendo o sentido

da consumida e agredida

palavra: amor.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Através das pessoas...



As pessoas que Deus escala para agir em nossas vidas vêm das mais diversas formas e de onde não se espera, é o caso do Valério, um Recuperador de Ativos de profissão, que me ajudou a vencer distâncias e barreiras jurídicas que pareciam intermináveis.
Obrigado Senhor por colocar o Valério agindo em minha vida.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

GUTIERRES

GUTIERRES

É o nome do atendente da Viação São Geraldo em Cachoeiro do Itapemirim que, ao contrário da maioria, se sente a empresa perante o cliente, no caso: eu. - Explico: fui informado pelo atendente Gutierres que se quisesse reembolso da passagem, que estava comprando com dúvida de se a utilizaria, teria uma cobrança de 5% do seu valor, ou seja receberia de volta 95%, "como sempre somos roubados neste país", declarei, qual a minha surpresa ao ver que ele se sentira ofendido e completei: sei que não é sua culpa não precisa ficar ofendido, mas continua sendo um roubo oficializado, no que ele retrucou - "o senhor está me chamando de ladrão porque aqui eu sou a empresa". Parabéns Gutierres pela sua postura profissional. Eu, em respeito à atitude do profissional de alta estirpe que vi estar em minha frente, ponderei que se ele estivesse ali como consumidor e visse seu dinheiro ser desvalorizado em um percentual aleatório, sem nenhuma base real de custos a serem ressarcidos, por exemplo, o bilhete cancelado, o tempo do atendente perdido, tudo na ponta do lápis, bem esclarecido, talvez tivesse uma reação muito mais despropositada do que apenas a minha de reconhecer a nossa impotência diante das leis, empresas e entidades poderosas deste país que nos empurram goela abaixo percentuais e mais percentuais de cobranças indevidas e imorais.

A pergunta que resta é: porque 5 e não 1,2,3,4,6,7,8,10% qual o calculista brilhante que chegou a este percentual?

Com certeza não teremos resposta, até porque ela não existe, um bilhete cancelado não custa sequer R$0,01 de papel e impressão, e os minutos do atendente que por mês trabalha, se não for escravo, é lógico, 14.400 minutos, e deve ganhar no máximo 3 SM isto implica que em 20 minutos de atendimento ele custa R$1,583333, vejam com todas as elocubrações possíveis não atingi a 3% de despesas a serem deduzidas para reembolsar a passagem, conclusão 40% de roubo.

Ao profissionalismo do atendente: Parabéns Gutierres.

À EMPRESA UM ALERTA: SOMOS ROUBADOS MAS NÃO SOMOS BOBOS, UM DIA A CASA CAI.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Mais coisas boas...



Cisnes Brancos

Alphonsus Guimaraens
- Poeta em que devoção e equilíbrio se dão as mãos desde o início, Alphonsus de Guimaraens foi mestre de um lirismo místico, em que busca e sublima a amada entre o luar e as sombras, o amor e a morte. Afonso Henriques da Costa Guimarães nasceu em Ouro Preto MG em 24 de julho de 1870. (Saiba mais: http://www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/biografias/autores/alphonsus_de_guimaraes)
V
Cisnes brancos, cisnes brancos,
Porque viestes, se era tão tarde?
O sol não beija mais os flancos
Da montanha onde morre a tarde.
O cisnes brancos, dolorida
Minh’alma sente dores novas.
Cheguei à terra prometida:
É um deserto cheio de covas.
Voai para outras risonhas plagas,
Cisnes brancos! Sede felizes...
Deixai-me só com as minhas chagas,
E só com as minhas cicatrizes.
Venham as aves agoireiras,
De risada que esfria os ossos...
Minh’alma, cheia de caveiras,
Está branca de padre-nossos.
Queimando a carne como brasas,
Venham as tentações daninhas,
Que eu lhes porei, bem sob as asas,
A alma cheia de ladainhas.
O cisnes brancos, cisnes brancos,
Doce afago de alva plumagem!
Minh’alma morre aos solavancos
Nesta medonha carruagem...




VI

Quando chegaste, os violoncelos
Que andam no ar cantaram hinos.
Estrelaram-se todos os castelos,
E até nas nuvens repicaram sinos.
Foram-se as brancas horas sem rumo.
Tanto sonhadas! Ainda, ainda
Hoje os meus pobres versos perfumo
Com os beijos santos da tua vinda.
Quando te foste, estalaram cordas
Nos violoncelos e nas harpas...
E anjos disseram : – Não mais acordas,
Lírio nascido nas escarpas!
Sinos dobraram no céu e escuto
Dobres eternos na minha ermida.
E os pobres versos ainda hoje enluto
Com os beijos santos da despedida.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Das coisas boas...



Hoje conheci mais uma jovem linda: Marina, e falando com ela sobre a música que leva o nome dela, lembrei-me da Carolina do Chico Buarque, ela adorou a letra e eu falei: "todo jovem deveria ser instruido sobre o Chico nesta fase, idos de 1965, quando sua poesia musicada era puro lirismo da mais alta estirpe, por isso publico esta seqüencia abaixo com 3 pérolas de enorme valor: Quem te viu..., Sem Fantasia, e claro, Carolina. Curtam porque é imperdível.

Quem Te Viu, Quem Te Vê


Composição: Chico Buarque

Você era a mais bonita
das cabrochas dessa ala

Você era a favorita
onde eu era mestre-sala

Hoje a gente nem se fala
mas a festa continua

Suas noites são de gala,
nosso samba ainda é na rua

Refrão:
Hoje o samba saiu,
lá lalaiá, procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece
não pode mais ver pra crer
Quem jamais esquece
não pode reconhecer

Quando o samba começava você era a mais brilhante

E se a gente se cansava você só seguia a diante

Hoje a gente anda distante
do calor do seu gingado

Você só dá chá dançante
onde eu não sou convidado

Refrão (repete)

O meu samba assim marcava
na cadência os seus passos

O meu sonho se embalava no carinho dos seus braços

Hoje de teimoso eu passo
bem em frente ao seu portão
Pra lembrar que sobra espaço
no barraco e no cordão

Refrão (repete)

Todo ano eu lhe fazia
uma cabrocha de alta classe

De dourado eu lhe vestia
pra que o povo admirasse

Eu não sei bem com certeza
porque foi que um belo dia

Quem brincava de princesa
acostumou na fantasia

Refrão (repete)

Hoje eu vou sambar na pista,
você vai de galeria

Quero que você me assista
na mais fina companhia

Se você sentir saudade
por favor não de na vista
Bate palma com vontade,
faz de conta que é turista
Refrão (repete)
Sem Fantasia
Composição: Chico Buarque

Vem,
meu menino vadio,
vem,
sem mentir pra você

Vem,
mas vem sem fantasia,
que da noite pro dia
Você não vai crescer

Vem,
por favor não evites
meu amor, meus convites

Minha dor, meus apelos,
vou te envolver nos cabelos,

Vem perde-te em meus braços
pelo amor de Deus

Vem que eu te quero fraco,
vem que eu te quero tolo

Vem que eu te quero to...do meu

Ah, eu quero te dizer
que o instante de te ver
custou tanto penar

Não vou me arrepender,
só vim te convencer
que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar,
eu quero te contar das chuvas que apanhei
Das noites que varei no escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
as marcas que ganhei
nas lutas contra o rei

Nas discussões com Deus,
e agora que cheguei
eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
dos carinhos teus
Carolina

Composição: Chico Buarque
Carolina, nos seus olhos fundos
guarda tanta dor,
a dor de todo esse mundo

Eu já lhe expliquei,
que não vai dar,
seu pranto não vai nada ajudar
Eu já convidei para dançar,
é hora, já sei, de aproveitar

Lá fora, amor,
uma rosa nasceu,
todo mundo sambou,
uma estrela caiu

Eu bem que mostrei sorrindo,
pela janela, ah que lindo
Mas Carolina não viu...

Carolina, nos seus olhos tristes,
guarda tanto amor,
o amor que já não existe,

Eu bem que avisei,
vai acabar,
de tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar,
agora não sei como explicar

Lá fora, amor,
uma rosa morreu,
uma festa acabou,
nosso barco partiu

Eu bem que mostrei a ela,
o tempo passou na janela
e só Carolina não viu.
Dica

"Não perca tempo com lágrimas inoportunas, o pranto pode complicar os enigmas ao invés de resolvê-los."