POEMA (DA SILVA)
A caçamba bamba
corre o trilho
balança, balança...
A caçamba cheia de gente,
querendo:
O pão (francês)
O leite (magro)
As verduras (com as pragas)
As frutas (com carbureto)
O direito de viver:
limpo
sob um teto
tendo uma mesa
com uma toalha (não precisa ser bonita)
Vitória!
O escravo do tempo fugiu,
veio à caçamba,
falou de justiça,
lutou por união e a conseguiu.
E ele tem um nome comum, simples:
José da Silva,
João da Silva,
POLEGAR da Silva,
Luiz Inácio da Silva
(também cidadão brasileiro).
E assim como convosco, Senhor,
já querem acabar com ele.
Porque a fábrica não pode parar,
o empresário tem que viajar,
prá Frankfurt, Paris, Londres,
fumar cigarros finos e bonitos e
tomar Whisky importado.
Então eu me lembro do Sócrates,
não o filósofo, o macaco do Planeta dos Homens:
"Não precisa explicar, eu só queria entender."
Senhor, faça este ditado dar certo:
Nem tudo que balança, cai
e muito obrigado
de coração.
PS. Este poema eu fiz em 1979 quando um sindicalista fez a primeira greve durante o regime de exceção que nos massacrou durante 30 anos. No blog http://poemasevida.zip.net tratarei mais dos detalhes daquela época.
quarta-feira, 3 de janeiro de 2007
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Um comentário:
Olá Romero;lí hoje o POEMA DA SILVA e gostei muito.Continua atual.Meu abraço!Ruth
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