Estranha força, o mar de quem ama,
Tão vasto, calmo, fundo e sem fim,
Nada mais forte ou belo se reclama
Que a luz da pessoa amada assim.
Estranho o coração, que em surdo alarde,
Ao ritmo do sorriso bate em vão,
E, mesmo em multidão, jamais se tarda
Em querer só a voz do coração.
Estranha a presença, solitária,
Ainda que cercada de mil vozes,
Só sente calma quando o olhar varre
O céu do rosto que a emoção conduz.
Estranha a vontade que, em segredo,
Tem por único pensamento: o teu desejo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário