Eu sou cor que muda de nuance
perante a luz que me alumia,
sou sombra tênue em dança errante,
sou alvorada em melancolia.
No espelho d’água do pensamento,
me vejo em tons que o tempo inventa;
sou mar sereno, sou vento lento,
sou tempestade que se apresenta.
Me desfaço em matizes de esperança,
me refaço em silêncios de poesia;
sou o azul que o horizonte balança,
sou o dourado que o sol anuncia.
Se me buscas, serei transparência,
se me tocas, serei melodia—
eu sou cor que muda de nuance
perante a luz que me alumia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário