terça-feira, 8 de abril de 2025

Sentença

A vida é breve, o tempo é rei,
Cada escolha, um passo que dei.
No palco incerto, tudo se encerra,
E o coração guarda o que a alma erra.

Nas linhas tortas do destino,

Escrevo os versos que me guiam.
O tempo corre, tão repentino,
E as escolhas nunca se desfiam.

A cada passo, há um mistério,
Um eco antigo que me chama.
De erros feitos, nasce o império
Que molda a vida e inflama a chama.

Sentença dada pelo instante,
Que não recua nem perdoa.
Mas no silêncio mais distante,
A alma canta e se renova à toa.

Se breve é a vida, que seja intensa,
Que o coração não tema errar.
Pois mesmo a dor traz recompensa:
Aprender a amar e recomeçar.

Voar no papel, em linhas traçadas,
Sonhos contidos, asas caladas.

No céu da escrita, busco liberdade,
Rabisco esperanças, desenho saudade.
Sou ave que canta em folhas vazias,
Ecoando versos de melancolia.

Ah, se pudesse romper o destino,
Trocar tinta e papel por céu cristalino!
Mas sou prisioneiro de um voo inventado,
Pássaro de letras, jamais alado.

Ainda assim, no silêncio da mão,
Crio mundos que tocam o coração.
E mesmo que a pena não me liberte,
Sou livre na arte que me diverte.

Sentença cruel, mas cheia de beleza:
Ser pássaro eterno na minha tristeza...
Caminho da Alma.


O trem que não vem

É amarga
A espera,
No silêncio da estrada vazia.

Vejam! O trem dos sonhos,
Sem trilhos, sem rumo,
Corta o asfalto da memória,
Trazendo no eco de seus passos
A saudade de quem partiu.

Quem falará por ele?
Quem guiará sua marcha errante?
Na ausência de mãos firmes,
Resta o vazio da promessa não cumprida.

A distância é cruel,
O chão é duro,
E os pés cansados já não suportam.

Só resta olhar o horizonte,
Onde o trem que não vem
Ainda insiste em existir

Poema pela reconstrução

O nosso país, tão rico em sonhos e terras,
Se perde nas sombras de promessas quebradas,
Das decisões que ecoam no vazio,
E das soluções que não curam feridas abertas.

O poder, esse fogo que arde em mãos humanas,
Deveria ser luz, mas se torna chama voraz,
Consumindo a essência do coletivo,
E deixando cinzas onde havia esperança.

Quem tem poder, senão aqueles
Que erguemos com nossa fé cega?
Quem tem poder, senão os arquitetos
De muros que nos separam do saber?

O poder deveria ser ponte,
Deveria ser diálogo,
Deveria ser união.

Mas é ato isolado,
É discurso sem eco,
É promessa sem chão.

Levar adiante esta marcha sem rumo?
Por quê?
Para quem?

Há algum benefício que alcance a todos?
Ou apenas o silêncio dos muitos
Que carregam o peso dos poucos?

Não há consciência nos palácios de vidro,
Onde diretrizes mudam como ventos errantes.
Não há percepção de que sem o povo,
A pirâmide desmorona em pó.

Incoerência e descaso são as bandeiras hasteadas,
Enquanto dizem saber o que é melhor.
Mas melhor para quem? Melhor por quê?

Se não há trilhas claras a seguir,
Se os objetivos são miragens no horizonte,
Se as palavras são apenas ecos vazios,
Como construir um amanhã digno?

Basta! Que se erga um grito de mudança!
Que o consenso seja o alicerce da reconstrução!

Que o bom senso ilumine as decisões!
Que o povo seja ouvido como voz maior!

Salvemos nosso país com união e coragem.
Que a justiça seja a nova bandeira hasteada!


terça-feira, 25 de março de 2025

Poesia do Silêncio

Poesia do silêncio, a minha,
não ecoa com palavras fortes,
mas ressoa com o coração que bate.

O luar brilha e quero que o

mundo sonhe, sussurro, mas

as estrelas já dominam o céu.


Quero que o mundo se encante,

com a presença de amor nas palavras,

com a sensibilidade que floresce em segredo.


Quero falar bem de meus versos

que sejam suaves e verdadeiros

para fazer o trabalho de acalmar

almas e corações para o amor.


Quero declarar meu amor

aos que usam a poesia para

dar beijos de estrelas.

Que bem, surtem efeito.


Porque poesia que se preze

de poeta de alma,

mexe, acalma e transforma

tristeza em esperança,

solidão em companhia.


Poesia que se preze

não aceita palavras vazias

com rimas forçadas,

exige consideração 

com a alma e o coração.