terça-feira, 8 de abril de 2025

O trem que não vem

É amarga
A espera,
No silêncio da estrada vazia.

Vejam! O trem dos sonhos,
Sem trilhos, sem rumo,
Corta o asfalto da memória,
Trazendo no eco de seus passos
A saudade de quem partiu.

Quem falará por ele?
Quem guiará sua marcha errante?
Na ausência de mãos firmes,
Resta o vazio da promessa não cumprida.

A distância é cruel,
O chão é duro,
E os pés cansados já não suportam.

Só resta olhar o horizonte,
Onde o trem que não vem
Ainda insiste em existir

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