sexta-feira, 21 de março de 2025

A Humildade da Corda Bambeante

Não sou o farol
que tudo ilumina,
Nem a montanha
que a todos domina. 

Sou a corda bamba,
o passo miúdo,
Que aprende a
dançar no incerto e
no agudo.

Ajoelho-me ao outro,
sem falsa modéstia,
Pois vejo em seus olhos
a mesma floresta.
Priorizo o cuidado,
o afeto que acolhe,
E a escuta atenta que
a alma resolve.

Mas não me iludo
com a falsa cortesia,
De quem finge a ignorância,
noite e dia.
Se o erro se escancara,
não me calo,
não cedo,
Pois a humildade é clara,
não esconde o segredo.

Reconheço o limite,
a falha que existe,
E busco a ajuda,
no olhar que insiste.

Pois a verdadeira
grandeza se encontra,
Na união de saberes,
que o ego desmonta.

Sou a corda bamba,
o aprendiz constante,
Que na troca sincera,
encontra o bastante.

Humildade é servir,
sem se diminuir,

É a força que une,
sem nos destruir.

Nenhum comentário: