Não sou o farol
que tudo ilumina,
Nem a montanha
que a todos domina.
Sou a corda bamba,
o passo miúdo,
Que aprende a
dançar no incerto e
no agudo.
Ajoelho-me ao outro,
sem falsa modéstia,
Pois vejo em seus olhos
a mesma floresta.
Priorizo o cuidado,
o afeto que acolhe,
E a escuta atenta que
a alma resolve.
Mas não me iludo
com a falsa cortesia,
De quem finge a ignorância,
noite e dia.
Se o erro se escancara,
não me calo,
não cedo,
Pois a humildade é clara,
não esconde o segredo.
Reconheço o limite,
a falha que existe,
E busco a ajuda,
no olhar que insiste.
Pois a verdadeira
grandeza se encontra,
Na união de saberes,
que o ego desmonta.
Sou a corda bamba,
o aprendiz constante,
Que na troca sincera,
encontra o bastante.
Humildade é servir,
sem se diminuir,
É a força que une,
sem nos destruir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário