Nasce o sol.
Quão infindável mistério
Encerra este nascer.
A hora vem chegando
Outras estrelas pedem licença
E se retiram do cenário.
A lua muitas vezes permanece
Já apenas como coadjuvante
A vida é uma orquestra
Onde nada desafina nem sai
Do ritmo.
Nem o homem pretensioso
De a fazer desritmar-se,
Mais lenta, mais rápida,
Quanta ilusão...
Só lhe são dadas as pontas dos
Novelos mais simples a desenrolar,
Mesmo assim, estes lhes são tomados,
Em segundos seculares,
Caso não levem o ritmo da vida.
O homem acendeu luzes
De íons aos elétrons
E em todas fontes de força da natureza
Buscou mais luz,
Só não conseguiu terminar com a noite.
“Nós já fomos a lua”.
Mas o sol continua nascendo
No momento certo
Só nos dá o direito de dizer:
No inverno mais tarde,
No verão mais cedo.
Ou de dizer:
Amanhã ele nascerá às
Seis horas quinze minutos e quarenta e cinco segundos
Como se o tempo só se dividisse
Em fração criada por nossa inteligência.
“Nós já fomos dentro de nós mesmos”.
Esta é a frase que eu gostaria de já ter ouvido, e reforçada:
“Verdade, vi pela televisão”.
sábado, 17 de maio de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário